SS Alan Poindexter chega à ISS

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O veículo de carga Cygnus OA-5 ‘SS Alan Poindexter’ chegou à estação espacial internacional a 23 de Outubro de 2016.

O sistema de manipulação remota SSRMS Canadarm2, agarrou o veículo de carga às 11:28UTC. O veículo foi acoplado (ancorado) com o módulo Unity às 14:53UTC.

O lançamento do Cygnus OA-5 teve lugar às 23:45:40UTC do dia 17 de Outubro de 2016 e foi levado a cabo pelo foguetão Antares-230 a partir da Plataforma de Lançamento LP-0A do MARS Wallops Island.

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Tal como ocorreu nas últimas missões logísticas da Orbital ATK, a missão OA-5 utiliza uma versão melhorada do veículo Cygnus com um módulo de carga aumentado e com os seus painéis solares redesenhados (UltraFlexTM), bem como os seus tanques de propelente. O módulo de carga pressurizado (PCM) foi alargado e aumenta a capacidade do volume interior em 25%, permitindo o transporte de mais carga em cada missão. Com o aumento no volume, juntamente com a redução de peso proveniente de componentes melhorados, o veículo Cygnus melhorado tem uma capacidade máxima de carga de 3.500 kg, mais 1.200 kg do que a versão anterior.

A bordo são transportados 2.209 kg de carga para a ISS, incluindo 498 kg de equipamento científico, 585 kg de provisões para a tripulação, 1.023 kg de equipamentos para a estação espacial, 56 kg de equipamento informático e 5 kg de equipamento para as actividades extraveículares, além de 42 kg de equipamento para a secção Russa da ISS. O total de carga transportada com os materiais de empacotamento é de 2.342 kg. Na secção despressurizada são transportados 83 kg de carga referentes aos CubeSats que serão colocados em órbita.

O Cygnus OA-5 transporta uma série de experiências cientificas que irão desafiar e inspirar os futuros cientistas e exploradores. Estas experiências irão estudar o comportamento do fogo no espaço, e efeito da iluminação nos ritmos de sono e do dia-à-dia, obter novos dados sobre a saúde dos astronautas e utilizar uma nova maneira de medir neutrões.

A experiência Saffire-II, a segunda experiência Saffire (de um conjunto de três experiências) a ser levada a cabo a bordo de um veículo Cygnus, fornece uma nova maneira de estudar um fogo real a bordo de um veículo espacial em órbita. A investigação quantifica a flamabilidade de vários materiais em microgravidade e compara-os com os seus limites na gravidade à superfície da Terra. Nove amostras experimentais de vários materiais irão queimar no interior do Cygnus após este ter deixado a estação espacial internacional e antes da sua reentrada destrutiva na atmosfera terrestre.

A experiência ‘Cool Flames‘ vai investigar o fenómeno de quando alguns tipos de combustíveis que inicialmente queimam com uma temperatura muito elevada, depois parecem desaparecer – mas de seguida continuam a arder a temperaturas muito mais baixas, sem chamas visíveis («chamas frias»). Compreender a combustão de «chamas frias» irá ajudar os cientistas s desenvolver novos motores e combustíveis que são mais eficientes e menos prejudiciais para o ambiente. Esta investigação irá fornecer uma nova visão sobre este fenómeno, bem como novos dados sobre a segurança do fogo no espaço.

A investigação ‘Lightning Efects‘ utiliza um novo sistema de iluminação a bordo da estação espacial para melhorar a saúde e bem estar da tripulação e manter os seus relógios biológicos sincronizados com um calendário de trabalho e de descanso mais regular. O sistema utiliza diodos emissores de luz (LED) e um denominado Dynamic Lighting Schedule (DLS) que varia a intensidade e o espectro dos LED em coordenação com os períodos de descanso (sono) e de trabalho. As investigações levadas a cabo mostraram que melhorando certos tipos de iluminação pode melhorar o estado de atenção e a performance enquanto que outros tipos podem promover um melhor descanso.

Uma nova aplicação irá ajudar os astronautas a conseguirem recolher de uma forma mais rápida uma variedade de dados pessoais. A investigação ‘EveryWear‘ ensaia a utilização desta tecnologia de fabrico Francês para registar e transmitir dados sobre nutrição, sono, exercícios e medicação. A aplicação tem o potencial de ser utilizada em áreas de ciência experimental, apoio biomédico e demonstrações tecnológicas.

No exterior do campo magnético terrestre, os astronautas estão expostos à radiação espacial que pode reduzir a sua resposta imunitária, aumentar o risco de cancro e interferir com os sistemas electrónicos. A investigação Fast Neutron Spectrometer (FNS) irá ajudar os cientistas a compreender os neutrões de alta energia, parte da exposição à radiação por parte das tripulações durante o voo espacial, ao estudar uma nova técnica para medir as partículas electricamente neutras.

Imagem: NASATV