ESA – Imagem da semana (VI)

Esta imagem do Envisat mostra as Ilhas Norte e Sul da Nova Zelândia, separadas pelo Estreito de Cook. Baptizado com o nome do explorador britânico James Cook, que em 1770 terá sido dos primeiros europeus a navegar através deste estreito que liga o Mar da Tasmânia a Oeste com o Pacífico Sul a Este.

Na sua parte mais estreita tem somente uma largura de 23 km, logo num dia de céu limpo e com boa visibilidade é possível observar as duas ilhas. Porém, o Estreito de Cook é também famoso por ser um dos estreitos mais difíceis e imprevisíveis do mundo.

Em resultado da latitude da Nova Zelândia, o país encontra-se no caminho da cintura de ventos de Oesteconhecidos como ‘Roaring Forties’. Como o estreito é a uma passagem entre as duas ilhas montanhosas, age como um gigantesco túnel de  vento, dando origem a mares traiçoeiros.

Adicionamente, o fluxo de marés através do estreito é pouco usual. A maré não está faseada, o que significa que quando estamos na maré alta num dos lados está na maé baixa no outro, resultando assim correntes fortes no meio.

A Nova Zelândia é composta por muitas ilhas e ao longo das Ilhas Norte e Sul encontramos muitas montanhas. A imagem mostra que a parte Norte da Ilha Sul é, de facto, mais a Norte do que a parte Sul da Ilha Norte. A Ilha Sul é a maior destas massas de terra e ao longo do seu comprimento elevam-se os Alpes do Sul, onde o pico mais alto, Monte Cook, atinge os 3.754 metros. A Ilha Norte é menos montanhosa mas mais vulcânica.

Notável pelo seu isolamento geográfico no Sudoeste do Oceano Pacífico a Nova Zelândia é a casa de muitas espécies de plantas e animais endémicas, no entanto o país sofreu de um elevado nível de extinções devido à actividade humana. Porém, a Nova Zelândia é agora um líder mundial em programas de restauração de ilhas, reintroduzindo espécies nativas e estebelecendo reservas de vida animal em várias ilhas mais pequenas onde as prestes, tais como os roedores, foram erradicados.

Esta imagem foi adquirida a 8 de Março de 2010 pelo Medium Resolution Imaging Spectrometer (MERIS) do Envisat enquanto trabalhava no denoiminado em modo de resolução total para fornecer uma resolução espacial de 300 metros. Uma imagem em alta resolução pode ser vista aqui.

Imagem: ESA